Enegrecendo o currículo de geografia: desafios e possibilidades para práticas afrocentradas
A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais tem a satisfação de convidá-lo para assistir à
DEFESA DE DISSERTAÇÃO
COM O TÍTULO
"Enegrecendo o currículo de geografia: desafios e possibilidades para práticas afrocentradas"
Por: Daiane da Silva Gonzaga
Resumo:
A educação brasileira ainda mantém fortes alicerces na colonialidade. A construção do currículo, as práticas pedagógicas e o material didático ofertado nas escolas ainda reproduzem estereótipos que pouco contribuem para quebra desse paradigma. As práticas curriculares hegemônicas excluem saberes afrobrasileiros e seus modos de existência, o que reforça a opressão e subalternização de grupos marginalizados e/ou "minoritários". Dessa maneira, esta pesquisa busca apontar como o ensino de geografia pode contribuir no combate à colonialidade presentes nos discursos hegemônicos reproduzidos nas práticas curriculares da escola, oportunizando e democratizando os saberes ancestrais do povo afro-diaspórico. O objetivo é propor caminhos para a construção de práticas curriculares afrocentradas para o ensino de geografia a partir das vivências na escola Municipal Rio Grande do Sul (Rio de Janeiro/RJ). Trata-se de uma pesquisa-ação que busca novos direcionamentos como alternativa distinta das abordagens tradicionais de pesquisa, devido à reflexão sobre a prática que ela oferece aos professores, pesquisadores e alunos, tendo como suporte o levantamento bibliográfico. Como fonte de pesquisa são referenciados autores como Molefi Asante, Aníbal Quijano, Kabengele Munanga, Nilma Lino Gomes, Franz Fanon, Rafael dos Anjos, Sueli Carneiro, Geny Guimarães, Renato Emerson dos Santos – que discutem questões como decolonialidade, afrocentricidade, as Leis 10.639/03 e 11.645/08, práticas pedagógicas e desconstrução de currículos eurocentrados. Permeamos por um ensino hegemonicamente eurocêntrico e colonial e necessitamos desfazer os equívocos que deturparam as culturas de origem africana e afrobrasileira. Para isso, é fundamental implementar uma educação antirracista, a fim de que se promova um reconhecimento da história, social, política, cultural e educacional do povo negro nos diversos espaços de formação. Por isso, um olhar afrocentrado para a educação escolar pode ampliar a visão de mundo, tornando-a mais próxima da realidade brasileira. Acreditamos que enegrecer as práticas curriculares colabora para a quebra de estereótipos e produz outros entendimentos/imaginários acerca da população negra.
Palavras-chave: ensino de geografia; afrocentricidade; práticas curriculares; ensino decolonial
Banca Examinadora composta pelas/os Doutoras/es:
Profa. Dra. Aline da Fonseca Sá e Silveira (Orientadora - PPRER-Cefet/RJ)
Prof. Dr. Fabio Sampaio de Almeida (Examinador interno - PPRER-Cefet/RJ)
Profa. Dra. Marianna Fernandes Moreira (Examinadora externa – UERJ)
Local, Data e Horário
CEFET/RJ - Campus Maracanã, auditório 5, Bloco E, 5º andar
. 18 de dezembro de 2024.
. 8h
Redes Sociais