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Entre esquerda e direita, negro: política, filosofia e ancestralidade na obra de Jorge Ben Jor

Última atualização em Terça, 13 de Agosto de 2024, 14h35 | Acessos: 460

A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais tem a satisfação de convidá-lo para assistir à

DEFESA DE DISSERTAÇÃO

COM O TÍTULO

"Entre esquerda e direita, negro: política, filosofia e ancestralidade na obra de Jorge Ben Jor"

Por: Paulo Bezerra Cruz

 

Resumo:

Esta dissertação tem por intuito aventar, a partir de uma perspectiva afrorreferenciada, como as lutas de classe e lutas de raça ao longo da história recente do Brasil estão não apenas intrinsecamente conectadas com, mas são, de fato, indivisíveis do cenário da política brasileira. Pretende-se demonstrar, a partir da pesquisa realizada, que estratégias de resistência ante ao racismo e ao epistemicídio neocolonial se dão não apenas no âmbito do confronto direto, mas perpassam também lugares de infiltração, sinuosidade, contradições, diálogos e até mesmo concessões. Ademais, a partir de um recorte temporal - em particular, a virada da década de 1960 para os anos de 1970 -, cultural e socioespacial da discografia de Jorge Ben Jor, fortemente centrada na vivência da comunidade negra do subúrbio carioca, este trabalho demonstra como os interesses políticos, a produção intelectual e as expressões culturais da negritude brasileira estiveram sempre à margem da dicotômica luta política entre as elites de esquerda e de direita no Brasil. Com isto, procura-se entender essa vivência dita “marginal” não como unicamente um fruto de tentativas de opressão e apagamento por parte das elites brancas e seus pactos narcísicos - perspectiva que tira da população negra a ação sobre sua própria participação na política brasileira, relegando-a a uma posição de passividade ante aviltantes tentativas de apartamento epistêmico perpetradas pela branquitude – e sim como uma marcação política proposital, onde as pautas delineadas pela negritude, pautadas pela luta contra a desigualdade racial, deliberadamente se contrapõem a propostas marcadas exclusivamente pelos embates ideológicos entre direita e esquerda. É a partir deste retrato, em diálogo com a obra de pensadores afro-indígenas como Leda Maria Martins, Antônio Bispo dos Santos, Ailton Krenak, Abdias Nascimento e Sueli Carneiro, entre outros, que este trabalho busca demarcar a existência de uma identidade política de negritude profundamente conectada ao cenário político brasileiro e ao mesmo tempo apartada da concepção do que é ou não é “política” a partir da perspectiva da branquidade.

Palavras-chave: negritude; política; ancestralidade; lutas de classe; desigualdade racial.

 

Banca Examinadora composta pelas/os Doutoras/es:

Prof. Dr. Renan Ribeiro Moutinho (Orientador - PPRER-Cefet/RJ)

Prof. Dr. Roberto Carlos da Silva Borges (Examinador interno - PPRER-Cefet/RJ)

Prof. Dr. Deivison Mendes Faustino (Examinador externo – UNIFESP/SP)

Prof. Dra. Flavia Pinheiro Meireles (Examinadora suplente interna - PPRER-Cefet/RJ)

Prof. Dra. Renata Figueiredo Moraes (Examinadora suplente externa – UERJ/RJ)

 

Local, Data e Horário

CEFET/RJ - Campus Maracanã, auditório 5, Bloco E, 5º andar

. 13 de agosto de 2024.
. 15h

 

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