Representação da mulher negra nas capas da versão brasileira da Revista Glamour (2012-2020): discursos, imagens e construção de sentidos
A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-raciais tem a satisfação de convidá-lo para assistir à
D E F E S A D E D I S S E R T A Ç Ã O
COM O TÍTULO:
"Representação da mulher negra nas capas da versão brasileira da Revista Glamour (2012-2020): discursos, imagens e construção de sentidos"
Por Amanda dos Santos Moura
Resumo:
O objetivo desta dissertação foi analisar a representação de mulheres negras nas capas da revista Glamour, em sua versão nacional, da chegada do título ao Brasil, em abril de 2012, a dezembro de 2020. Para tal, trazemos reflexões teóricas sobre a (sub)apresentação das mulheres negras na mídia em geral, e em específico nesta publicação, a partir de discussões sobre questões raciais e de gênero, propostas pelo feminismo negro (BORGES, 2012; CARRERA, 2020; CARNEIRO, 2011; COLLINS, 2017; GOMES, 2005, 2019; GONZALEZ, 2011; hooks, 2018; SANTOS, 2004; SANTOS, 2007; VIANA, 2010); e de linguagem na perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso (MAINGUENEAU, 2008; ROCHA, 2006; COURTINE, 2013). Nesse contexto, a revista Glamour, com seus conteúdos voltados para beleza, moda, celebridades e estilo de vida, traz temáticas que constituem modelos de poder, a partir do consumo econômico e simbólico daquilo que é valorizado em termos estéticos, a partir de padrões sociais que se ligam à classe social, raça e gênero. Por isso, este trabalho buscou ter uma visão interseccional em relação ao seu objeto de pesquisa, para, assim, analisar os enunciados verbais e não-verbais presentes nas capas analisadas da publicação. Com esse intuito, tratamos diretamente sobre o gênero do discurso “capa de revista”, e identificamos e analisamos as marcas interdiscursivas que o constituem. Além disso, entendemos que as imagens também representam um elemento crucial neste espaço de enunciação e, então, a partir da intericonicidade, analisamos as escolhas estéticas, composicionais e comunicativas das capas selecionadas. Pudemos, desta forma, concluir que a branquitude se mantém ditando os rumos e as decisões que fundamentam a revista Glamour, e questionamos se a presença de pessoas negras, especialmente, nas capas, não representam uma mera tokenização destes corpos, que funcionariam como commodities para atender a interesses mercadológicos de uma ordem neoliberal.
Banca Examinadora composta pelos Doutores:
Fábio Sampaio de Almeida (Orientador - PPRER-Cefet/RJ)
Luciana de Mesquita Silva (Examinadora interna - PPRER-Cefet/RJ)
Sônia Beatriz dos Santos (Examinadora externa - UERJ)
Fernanda Ariane Silva Carrera (Examinadora externa - UFRJ)
Maria Cristina Giorgi (Suplente/Cefet/RJ)
Local, Data e Horário:
• Plataforma Microsoft Teams
• 14:00
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