O presente trabalho trata do Estado da Arte do conceito branquitude na produção acadêmica de psicólogas brasileiras no Brasil nas Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado produzidas no período de 2003 a 2018, disponibilizadas nos bancos de dados da Capes, da BDTD, do Domínio Público e do Google Acadêmico. A pesquisa é qualitativa e constituída de análises e procedimentos de natureza quantitativa. Realizamos um levantamento bibliográfico das obras e sua seleção, conjugando informações, organização e classificação dos resultados com bases nas técnicas definidas para os estudos de revisão do tipo “Estado da Arte ou do Conhecimento”. O levantamento histórico da Produção Acadêmica no campo da Psicologia é importante para entender como se encontram as pesquisas de psicólogos(as) brasileiros(as) sobre o branco brasileiro após a implementação das políticas públicas de ações afirmativas sócio-raciais no referido período. Entender como os(as) Psicólogos(as) trabalham o conceito branquitude sob a perspectiva de um país onde 54% da população se declara negra e a academia não corresponde a essa realidade étnico-racial é fundamental para as práticas psicológicas. Como as políticas públicas de ações afirmativas a partir dos anos 2000 têm influenciado tais pesquisadores e que potências têm para influenciar os ambientes acadêmicos psicológicas. Que contribuições tais pesquisadores podem trazer sobre o tema das relações étnico-raciais e que mudanças acionaram, apontando as tendências, as lacunas, as recorrências e perspectivas futuras, possibilitando a continuidade do tema por outros pesquisadores. A investigação permitirá evidenciar: o quantitativo de trabalhos ao longo do período selecionado; a frequência regional, territorial e de instituições; áreas de conhecimento em que ocorreu; procedência do universo e dos objetivos; principais abordagens metodológicas; e uma síntese com a sistematização das implicações, conclusões e propostas apontadas nos trabalhos. A produção das pesquisas acadêmicas nas pós-graduações é importante para pensarmos uma branquitude forjada a partir da escravização dos negros, da teoria eugênica e da tentativa de branqueamento da população brasileira, bem como a posterior assimilação da mestiçagem como projeto de apagamento dos racismos à brasileira por meio da crença no mito da democracia racial. A construção do racismo estrutural e institucional brasileiro como corolário ao conceito de branquitude brasileira.